Tema está na pauta da reunião desta segunda-feira (13)
A redução das taxas de juros nos empréstimos consignados dos aposentados está na pauta da reunião do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) desta segunda-feira (13), mas a expectativa do sindicato não é de uma solução imediata.
Segundo João Inocentini, presidente nacional do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), as lideranças sindicais que fazem parte do conselho vão elevar a pressão pela aprovação da medida e esperar que seja colocada em votação.
"Os bancos estão ganhando muito no consignado, que é o dinheiro mais seguro que tem. O risco é zero. Mas eu acho que essa semana não vai conseguir baixar. Acho que vai ter uma proposta e nós trabalharemos para baixar. Agora, se for para votação e se o governo votar, nós ganhamos", diz.
Ele afirma que também enviou ao governo a proposta da entidade para rediscutir a dívida com os bancos. "Nós queríamos rediscutir essa dívida dos aposentados para os bancos reduzirem um pouco o lucro deles e abater um pouco a dívida dos aposentados. Já mandamos a nossa proposta. É viável ter um abatimento em torno de 30% da dívida, e ninguém perde dinheiro", diz Inocentini.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que preside o CNPS, tem dito que, na reunião do conselho neste mês, o governo vai buscar a redução das taxas de juros cobradas nos empréstimos consignados de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Ele classifica o atual patamar dos juros como "criminoso". Ainda de acordo com o ministro, por se tratar de um crédito com baixo risco de inadimplência, seria possível diminuir o patamar cobrado.
O CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) estabeleceu como teto de juros cobrados nas operações de crédito consignado para aposentados e pensionistas a taxa de 2,14% ao mês. Nas operações realizadas pelo cartão de crédito, a taxa é de 3,06% ao mês.
A Força Sindical, que tem um representante no CNPS, também pressiona.
"O crédito consignado em benefícios previdenciários precisa ser fortalecido com a redução de suas taxas máximas de juros, desonerando o público alvo e potencializando a capacidade de consumo interno, elemento central para a retomada do dinamismo da economia brasileira em todas as regiões do país", disse a central sindical em nota.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix